sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ENCONTRADO MAIOR SISTEMA SOLAR, DEPOIS DO SISTEMA SOLAR

Planetas rochosos de tamanhos próximos aos da Terra orbitam KIC 11442793, mas devem ser excessivamente quentes e não abrigar vida. Configuração pode mostrar o futuro do nosso Sistema Solar, quando o Sol vai se expandir e chegar muito perto da Terra (ou até absorvê-la) Imagem: BBC News


Imagine o nosso Sistema Solar com Plutão, sendo reclassificado como planeta e trazido para uma órbita depois de Marte, e sem os gigantes Urano e Netuno!
Acrescente a essa hipótese, que o mais distante desses sete planetas fosse equivalente a Saturno e estivesse a uma distância próxima a que a Terra se encontra do Sol! Já o equivalente a Mercúrio estivesse tão próximo de sua estrela que o ano por lá durasse uma semana!
Pois esse sistema estelar existe e foi descoberto, de forma paralela, por pesquisadores de dois países, os Estados Unidos e a Inglaterra. O sistema KIC 11442793, distante 2.500 anos luz-da Terra (ou impressionantes 44 milhões de anos de viagem da Voyager 1, a nossa nave mais rápida) tem sete planetas orbitando a sua volta, sendo cinco rochosos e dois gasosos. Os dois planetas mais próximos da longínqua estrela têm tamanho próximo ao do nosso mundo, sendo que um dá uma volta completa em torno dela em apenas 7 dias.
Os três seguintes possuem diâmetros entre duas e três vezes maiores que o da Terra (tipo de mundo apelidado de super-Terra). Os dois mais distantes são gigantes de gás, similares a Júpiter ou Saturno, mas com a peculiaridade de estarem muito próximos de sua estrela (sendo apelidados de Júpiteres-quentes), tendo no máximo 330 dias a duração do ano por lá.

KEPLER, O CAÇADOR DE EXOPLANETAS
Os dados para confirmar a descoberta foram obtidos a partir do telescópio espacial Kepler, lançado em 2009 exatamente com a missão de “caçar” exoplanetas (aqueles que não orbitam o Sol).
A técnica empregada foi a do método de trânsito, que busca a sombra da passagem de um planeta em frente de sua estrela. Esse é um dos métodos mais eficientes e pode ser aplicado às estrelas muito distantes, ao contrário de outras técnicas.
Por outro lado, o trânsito só pode ser detectado caso o planeta transite por sua estrela em um ângulo coincidente com o observado por nós aqui na Terra (ou no Kepler).

VIDA IMPROVÁVEL
A proximidade dos corpos do sistema de KIC 11442793 faz com que a interação gravitacional entre eles seja muito maior do que ocorre por aqui. No Sistema Solar, os planetas interferem nas órbitas uns dos outros em um grau menor. É provável que a “KIC” esteja no fim de sua existência.
Tais configurações tornam bastante improvável a existência de vida, tal como a conhecemos, em algum desses planetas. Mesmo que exista uma civilização semelhante à nossa, suas naves teriam de ter partido antes do primeiro macaco saltar pelas árvores terráqueas para que elas chegassem hoje até nós.

Com informações do Blog Ceará Científico – Diário do Nordeste