sábado, 28 de setembro de 2013

COLONIZAÇÃO DE COREAÙ



JORNADA ÉPICA DE RODRIGO DA COSTA ARAÚJO
Em 1695, com a idade de 21 anos, partiu de Recife em busca do sopé da Serra da Ibiapaba, na capitania do Siará Grande. Sabia ele que as imensas terras daquela região estavam devolutas, à espera de algum conquistador. Sua resolução de partir contrariou seu pai, mas de nada serviram os conselhos e advertências dos seus genitores. Destemido e sem se deter nas advertências paternas, não se atemorizava diante da possibilidade de um feroz ataque dos silvícolas que à época infestavam os sertões. Tomara conhecimento do trucidamento dos padres Francisco Pinto e Luiz Figueira, mas nem isso, nem os revesses sofridos por Soares Moreno nas tentativas de colonizar o Siará Grande o intimidavam.
Desembarcou na barra do Acaraú; daí a caravana lançou-se no mundo ermo de então, a enfrentar os sertões inóspitos. Até que um dia, por felicidade, chegou às margens de um grande rio de pouca água e muita areia: Era o Rio Acaraú. Depois de longa jornada, Rodrigo e sua caravana pararam no sopé da Serra da Meruoca, onde um patrício, de nome Félix Cunha Linhares, lhes deu abrigo e repouso.
Por orientação de Félix Linhares, Rodrigo contornou a Serra da Meruoca pela esquerda, encontrando pela frente uma campina imensa (Jaibaras). A jornada continuou. Mais algumas léguas foram vencidas e eis que surge outra campina pontilhada de belos carnaubais.
Perto de um morro, à margem do Rio Coreaú, Rodrigo da Costa Araújo estabeleceu sua nobre morada. Nas cheias do rio, a vasta campina era inundada. Denominou sua fazenda de Várzea Grande, que deu origem, posteriormente, à Vila da Palma, fundada por seus bisnetos, Plácito, Alexandre, Joaquim Rodrigues Moreira e o cunhado destes, José Gomes Damasceno. Em 24 de setembro de 1870, a povoação foi elevada à categoria de cidade pela Resolução nº 1316 e, com essa mudança, desapareceu a antiga Várzea Grande.

João Alberto Teles
Cirurgião-dentista
Fonte: Blog Diário de um Navegante

REFLEXÕES DO DIA



“Se você quer ser bem sucedido, é preciso ter dedicação integral , chegar ao limite e obter o melhor de si mesmo.”
(Autor desconhecido)


“Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.”
(Gandhi)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

PREFEITA DE COREAÚ, ÉRIKA FROTA, RECEBERÁ O TÍTULO “MULHER ADMIRÁVEL DINORAH TOMAZ RAMOS”



A Prefeita de Coreaú Érika Frota Monte Coelho Cristino foi escolhida, por unanimidade, pela Câmara Municipal de Sobral, como agraciada ao Título “Mulher Admirável Dinorah Tomaz Ramos”. Esta comenda diz respeito às mulheres que se destacaram, em suas atividades profissionais, e que mereceram reconhecimento do povo de Sobral por intermédio da Câmara Municipal de Sobral. O reconhecimento se deveu pela atuação, da  Prefeita de Coreaú quando trabalhou como auxiliar, da Prefeitura Municipal de Sobral, em duas secretarias e por três oportunidades: a primeira assessorou a Secretária de Desenvolvimento Urbano, Ondina Canuto na Administração do Prefeito Cid Gomes; a segunda ocasião, já na Gestão do Prefeito Leônidas Cristino, prestou serviço junto ao Secretário da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Pedro Josino Pontes e em seguida, já no governo do Prefeito Veveu Arruda, assumiu a Secretaria Adjunta da Secretaria da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico cujo Secretário era Pedro Aurélio Ferreira Aragão. A homenagem será prestada a Prefeita Érika Frota Cristino em Sessão Especial de entrega  do Título “Mulher Admirável Dinorah Tomaz Ramos”  onde a Prefeita de Coreaú será agraciada. O Evento acontecerá no dia 26 de setembro de 2013 (quinta-feira) às 19 horas.

domingo, 22 de setembro de 2013

COREAÚ: EMANCIPAÇÃO POLÍTICA E VARIAÇÃO TOPONÍMICA



TOPÔNIMOS

Ao longo do tempo, o município de Coreaú teve três denominações, Várzea Grande, Palma e Coreaú.
Tela pintada por Francisco das Chagas Moreira, representando a origem do topônimo "Várzea Grande"


VÁRZEA GRANDE
Nos seus primórdios, chamou-se de Várzea Grande. Esta designação foi inspirada na feição topológica do local, um grande vale entre as serras da Meruoca e Ibiapaba.
Com este nome foi batizada a fazenda, que mais tarde seria transformada em povoado e muito depois, alcançaria os foros de vila, município, cidade e comarca.
Este bonito topônimo perdurou até a emancipação política da povoação, em 24 de setembro de 1870.

Tela pintada por Francisco das Chagas Moreira, representativa do topônimo 'Palma'


PALMA

Com a elevação da povoação da Várzea Grande à categoria de vila e município, houve a primeira variação toponímica. Para o novo “status”, um novo nome. A partir de então, foi denominada de Palma.
O nome Palma, segundo consta, foi tirado da tradição, isto é, dos bolinhos de goma em forma de ‘palma’, muito saborosos, vulgarmente chamado de broas, fabricados por uma família de pretos residente no povoado. Esta denominação figurou oficialmente, até 30 de dezembro de 1943.
Sobre este topônimo, o professor Renato Braga, no seu robusto Dicionário Geográfico e Histórico do Ceará (B-C); Imprensa Universitária do Ceará; Fortaleza, 1967; pp. 409 e 410, fez o seguinte registro:
“Palma parece-me estar ligado à fisionomia botânica da várzea, densamente coberta das palmas multífidas da carnaúba, de tanta prestimosidade em nossa vida rural.  Êste parecer afigura-se-me mais razoável do que aquêle que vai buscar a origem do topônimo numas broas em forma de palma, por sinal muito saborosas e procuradas, fabricadas por uns prêtos desaparecidos não faz bastante  tempo.”
O tablóide  “A Palma”, jornal do Movimento Cultural do Município de Coreaú, em sua edição de 8/12/84, Ano I, nº 1, artigo O JORNAL “A PALMA”, p. 2, referindo-se ao vocábulo “Palma”, assinalou:
“ “Palma” ou “Broa” são nomes dados ao pão típico da região, feito de goma em qualquer residência, de modo artesanal. Sua forma arredondada se assemelha à palma da mão humana ou à folha de palmeira. O certo é que o nome “Palma” encerra  pelo menos dois fatores, um de ordem cultural  e outro de ordem econômica, para a população de Coreaú.”
  Raimundo Batista Aragão, in História do Ceará, 3º Volume, 1985, p. 270; aludindo-se ao topônimo “Palma”, afirma:
“A “Mulher da Palma”, portanto ou simplesmente a “Palma”, torna-se o local de referência para encontros e pousos. A partir de então a voz popular se  encarrega de fixar, culturalmente, a palma de goma na “palma”, locativo que assim se perpetuará.”
No curso de 73 anos, isto é, no período compreendido entre 1870 e 1943, em que oficialmente intitulou o nosso município, o termo Palma foi alvo de duas tentativas de mudança. A primeira foi em 1890, liderada pelo juiz da Comarca, quando foi cogitado o topônimo Itaquatiara ou Itacoatiara. A segunda ocorreu em 1943, patrocinada pelo governo do Estado, os nomes apresentados foram Penanduba e Coreaú. Desta vez, o desejado intento foi consumado e ‘Coreaú’ foi o escolhido.
  
COREAÚ

A denominação corrente, há cinquenta e nove anos, foi tirada do rio Coreaú que banha a cidade e corta uma grande extensão do município. A grafia atual é resultado de um processo de transformação que vem desde o termo primitivo Croahu, chamado pelos silvícolas da região, até a forma usual Coreaú.  Assim, ao longo do tempo, podemos encontrar, em documentos oficiais, o topônimo Coreaú grafado de várias formas: Croahu, Coroassu, Coruahu, Crusay, Cruyay, Curuhahuy, Curuayú, Curiaú, Caruaiu, Curuaiú, Curuaihu, Cruaihu, Curuaihú e Coreahu. Esta última expressão perdurou até 30/12/1943, quando o Decreto nº 1.114 que ordenou a alteração toponímica, aboliu, também, o “h”. Ensejando, assim, a grafia vigente.

EMANCIPAÇÃO: Vila e Município

Dez anos depois da criação do distrito de Paz, o arraial da Várzea Grande é elevado à categoria de Vila, em 24 de setembro de 1870, com a denominação de Vila da Palma, tendo por limites do respectivo termo os mesmos da freguesia, por determinação da resolução Provincial Nº 1.316, assinada pelo Desembargador João Antônio de Araújo Freitas Henriques, presidente da Província. (...)

Fonte: História de Coreaú (1702-2002), de Leonardo Pildas